terça-feira, 12 de agosto de 2008

...Idéias Coloridas...


Meu blog estava meio sombrio e escuro com o ultimo post então eu decidi escrever sobre uma sensação colorida.
Quando eu era criança (e isso não faz muito tempo), eu sonhava acordada quase todos os dias, sonhava que um dia desses eu teria uma piscina me Mini M&M's pra mergulhar, que nem o Tio Patinhas faz com o dinheiro dele, eu faria com chocolate, mas num é qualquer chocolate, o M&M's só é gostoso porque tem cores.E as cores fazem a vida ter gosto de chocolate.
Minha pro de Anatomia disse que a cor preferida da filha dela era rosa, e que ela não tinha cor preferida, eu fiquei triste, porque ter cor preferida é querer ser colorida, será que ela num quer mais ser colorida?Minha cor preferida é o amarelo, mas eu uso todas porque dai eu num enjoo e fico com saudades as vezes renovo a relação de preferência!!
Também queria ter uma piscina de Yakut, porque Yakut é tão gostoso e acaba tão rápido, porque não vendem Yakut de litro?Não sei... Minha vó me disse que era porque da dor de barriga beber muito Yakut, eu não sei também disso não, porque eu sempre bebi tão pouquinho...
Eu, na verdade queria ter uma casa grande feita de doces (principalmente balas de goma e algodão doce) e dentro dela ter as piscinas de varias coisas separadas pra quando eu quisesse uma coisa só.
Dai eu pensava nisso todo dia (porque eu era muito guloso e meus doces sempre acabavam primeiro) e combinava comigo mesma que seria a primeira coisa que eu faria quando tivesse dinheiro... uma casa de doces pra eu comer até ficar velha...
Quando eu era criança também queria ser um desenho daqueles que cantam e de repente descobrem que sabem voar, ou que amam alguém... eu gosto da Pocahontas, porque ela faz as duas coisas (tem uma hora no desenho que ela quase voa tah, antes que vc corte a minha brisa).Também queria ser invisível, porque dai eu ia poder ficar nas lojas de brinquedos e ia poder comer os doces das docerias sem ninguém ver.Eu sonhava sempre que o dono da doceria fechava a loja e me esquecia lá dentro, ai na manhã seguinte eu tinha comido tudo.hahahahahahahaha, como era gostoso.
Saber que no fundo eu ainda desejo tudo isso, me faz ter idéias coloridas e não esquecer da minha criança...e das minhas piscinas!!!
MORAL DA ESTÓRIA: Lembre-se do seu maior desejo de infância e tente realizá-lo...vale muito a pena, e te fará dar boas risadas e ter idéias coloridas para viver!
Dedicado pra mim!!!! =D

domingo, 10 de agosto de 2008

...Um Pra Você Três Pra Mim...

A primeira parte está em baixo!!
Eu estava lá o tempo todo com mais oito pessoas e enquanto aquelas crianças apanhavam eu sentia uma dor enorme no coração, nos primeiros tapas eu pensei "Nossa, que mãe violenta, pobres crianças, não têm culpa foi um acidente!”, e as vi apanhar.
Da segunda vez pensei “Nossa! Se eu tivesse 20 reais na carteira eu dava pra ela e intervinha nisso agora mesmo, diria tome aqui, compre outra garrafa e pare com isso”, e as vi apanhar.
Da terceira vez eu pensei “Que mulher maldita, ela gosta de fazer isso, de culpar essa menininha que não tem nem tamanho pra ter feito isso de propósito, só pra bater nela”. E as vi apanhar.
Da quarta vez foi quando a irmã mais velha chorou e eu senti uma imensa vontade de chorar também, pensei na minha irmã e no quanto eu a amava, o quanto eu gostaria que o mundo fosse silencioso e colorido pra ela desde que nasceu, e pensei “Se ela fizer isso de novo eu faço alguma coisa”. E as vi apanhar.
Da quinta eu a vi levantar o braço e pensei “agora!”, mas hesitei num pensamento rápido de “não, não é da minha conta”, e depois que o tapa chegou ao corpo, fez um barulho terrível e eu pude sentir a dor, eu gritei.
“Você é loca?! Você vai ficar batendo nessas meninas até quando por causa dessa merda dessa garrafa? Olha o tamanho delas.”
Ela me olhou com uma cara assustada, como de quem esperava uma agressão física a qualquer momento, me olhou com uma cara muito pior, com muito mais medo do que as menininhas sentiam dela, olhou para o guarda-chuva na minha mão que balançava freneticamente enquanto eu falava e provavelmente imaginou-se apanhando com ele.Respondeu-me então numa voz fraca e com medo, quase que tentando não responder:
“Isso não é problema seu elas são minhas filhas”.
Eu fiquei mais irritada e olhando pra ela com todo o ódio que eu sentia até pelo mundo disse gritando:“Não interessa, você não tem esse direito,você é o tipo de pessoa que deveria apanhar todos os dias do seu marido, eu vou derrubar o resto das suas compras e eu quero ver se você vai me bater.”
Distanciei-me furiosa, porque o pouco do “civilizado” que existia dentro de mim, me avisou que meu próximo passo seria matar aquela mulher no braço.
O ônibus dela passou primeiro do que o meu, e ela foi embora sem falar mais nada, eu tremendo de ódio pude refletir, e não me senti nem um pouco heróica... eu esperei...eu hesitei...e eu deixei aquelas crianças apanharem tendo consciência de que aquilo estava errado.
Que merda de ser humano eu sou? Que merda de artista eu sou?Que merda eu finjo que faço todos os dias quando estudo se eu não sei agir no momento certo...
A culpa era também das outras 8 pessoas que estavam ali e não fizeram nada, mas era principalmente minha, porque quando aponto um dedo para alguém existem outros três apontados pra mim (e são meus próprios dedos), as pessoas não me aprovaram com olhar depois que eu gritei, elas me olhavam como se a louca fosse eu, tamanha era a indiferença de todos, mas eles não tem tanta culpa quanto eu, e a indiferença deles é bem menor do que a minha, porque eu estudei e estudo ainda pra fazer de tudo isso um lugar melhor, eles não, eles eu não sei, eu gasto o meu tempo discutindo propostas de intervenções na vida alheia, eles não, eu me incomodei seriamente com tudo desde o começo eles não...
E aquelas crianças só apanharam porque eu demorei a agir, o meu “bom senso social”, me cegou e me fez autocríticas, enquanto elas apanhavam, eu refleti e não agi, eu falhei na minha própria filosofia, só porque não gosto de extremos não quis ver a hora em que ele se fez necessário, quis esperar a aprovação do mundo, os aplausos, uma cueca por cima da roupa, ou só o ônibus só isso...
No fundo a maior indiferença é a que fazemos com nós mesmos, desrespeitando nossos princípios, e andando na mesma linha que o resto do gado...
Mas um erro serve para muitas coisas, inclusive, para não errar de novo...

...A Coisa Toda...



No Sábado entrei em casa aos prantos, meu coração batia num ritmo desordenado como que perdido, não sabendo mais o seu lugar, meu namorado ficou assustado e eu lhe contei sobre o que pensava...

Estava num ponto de ônibus ás 11h00min da manhã esperando o ônibus que me deixaria na porta de casa, o dia estava frio e eu estava bem agasalhada e com um guarda-chuva daqueles grandes, daqueles verdadeiros que não são sombrinhas, esperando que o dia piorasse o seu humor. E vi numa espécie de banco cimentado encostado a parede, duas crianças lindas e bem diferentes uma da outra, uma deveria ter uns sete anos a outra uns três no máximo. A de sete estava vestida com um conjunto de moletom daqueles que parecem masculinizar as meninas, mas era uma menina, uma menina que parecia um menino, com penteado de menino, roupas de menino, mas com um rosto doce e feminino, era branca, magra e tinha os cabelos castanhos bem claros. A outra pequenina parecia mais uma chinesa, tinha um cabelo bem preto, um olhinho puxado para baixo e roupinhas quentinhas e coloridas de crianças nessa idade.
A mãe carregava algumas sacolas de compras, pousou-as sobre esse “banco” ao lado das meninas e olhou na direção em que o ônibus deveria vir.
Não vi como foi, porque também olhava para a direção dos ônibus, mas de repente ouvi um barulho pesado e agudo vindo do chão.
Quando olhei, uma garrafa de vinho manchava o chão, e a mulher, que deveria ser a mãe ficou furiosa e começou a gritar chamando a atenção das outras oito pessoas que estavam no ponto de ônibus conosco.
Ela praguejava, tentando salvar a garrafa ou o conteúdo dela e depois que percebeu que era vã a tentativa virou-se contra a menina menor e deu-lhe alguns fortes tapas no rosto, na cabeça, nas mãos, e no peito indicando toda a culpa que ela tivera pelo incidente, a menina sem saber exatamente porque apanhava (acredito eu) começou a chorar, e então a mulher continuou batendo nela com algumas pausas sempre dizendo para a menina porque ela estava apanhando, e que ela não deveria ter sido tão xereta, e que ela pensava que dinheiro caia do céu para quebrar aquilo daquela forma, entre outras coisas e muitos palavrões.Parou por alguns instantes depois voltava a dar tapas na menina, assim bem de repente, como que querendo pega-la desprevenida, a irmã (ou não) segurava a menina no colo e falava baixinho ao seu ouvido coisas bonitas, falava da cor dos carros que passava, e de como o silencio era bonito (eu lia seus lábios), e a menininha sentindo-se mais segura parava de chorar e colocava a mão na boca para não fazer barulhos.A mãe vendo aquela cena teve uma estranha reação, e bateu novamente com a mesma força na mão da menina dizendo: “Tire esses dedos da boca!”.E a menininha voltava a chorar de dor pelo tapa, e a mãe voltava a reclamar pelo prejuízo, essa cena se repetiu, e parecia que a mãe queria que a menina voltasse a chorar quando a batia ao mesmo tempo que dizia: “E para de chorar!”.
Da terceira vez então, a mãe se irritou com a irmã mais velha e lhe deu também alguns tapas dizendo que a culpa também era dela, a irmã mais velha, que até então era a única pessoa madura e humana naquele lugar começou a chorar ainda tentando acalmar a irmã, mas suas lágrimas tinham peso maior, doíam mais em todos os lugares.
A mãe continuou não como quem educa um filho pela metodologia mais severa, mas como quem sentia prazer em ver, ouvir e sentir o sofrimento alheio, deu-lhe um empurrão na cabeça que quase a tirou do colo da irmã, e foi só ai então que eu gritei...


Continua...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

...O Homem sonha, e isso é natural!...


Um dia um homem chamado Franz Reichelt, mudou a minha vida!
Um dia um homem olhou para o céu e viu um imenso azul;
Um dia um homem olhou para o céu e pensou que aquilo poderia ser todo um universo a parte,
Um dia um homem olhou para o céu e percebeu que era pequeno e limitado;
Um dia um homem olhou para o céu e percebeu que nada do que pudesse fazer ali embaixo seria tão incrível quanto o que poderia fazer ai em cima;
Um dia um homem olhou para o céu e pensou se lá em cima também não existiriam pessoas;
Um dia um homem olhou para o céu e viu que lá é mais espaçoso;
Um dia um homem olhou para o céu e sorriu;
Um dia um homem olhou para o céu e viu o futuro;
Um dia um homem olhou para o céu e sonhou;
Um dia um homem olhou para o céu e invejou os pássaros;
Um dia um homem olhou para o céu e começou a planejar;
Um dia um homem olhou para o céu e desejou senti-lo de perto;
Um dia um homem olhou para o céu e quis voar;
Um dia um homem olhou para o céu e fez cálculos;
Um dia um homem olhou para o céu e costurou asas;
Um dia um homem olhou para o céu em 1911;
Um dia um homem olhou para o céu e acreditou em tudo;
Um dia um homem olhou para o céu e subiu no lugar mas alto que conhecia;
Um dia um homem olhou para o céu e se vestiu de asas;
Um dia um homem olhou para o céu e teve medo;
Um dia um homem olhou para o céu e saltou;
Um dia um homem olhou para o céu e compreendeu tudo;
Um dia um homem olhou para o céu e voôu!
O sonho não foi vão, o vôo não foi vão, a vida não foi vã!
Dedicado à um homem que sonhou tão alto que inspira meus sonhos mais pequenos...