terça-feira, 22 de julho de 2008

...Ensaio sobre o CAOS...



Procurar o Caos dentro do meu corpo é mais do que assumir que ele existe, é entendê-lo como belo, como a coisa mais natural e incrível que poderia sair de dentro de mim. Agora se além de procurá-lo eu realmente desejo encontrá-lo é necessário desfazer-me de velhos conceitos impostos e procurar as batidas dos tambores dentro do corpo, e isso não é tão fácil quanto parece, não é simplesmente dizer "Tá bom o papai Noel não existe" ou "Eu vivo numa gaiola de ouro"é desprender-se da concepção de "desprender-se" que se tem, é começar do zero de novo e ouvir o meu corpo, e só ele, claro que atualmente é impossível ouvir só o corpo e desprender-me de todas as concepções, pois então, tenho que deixar que o CAOS venha e modificado pelo tempo que seja, com sua beleza madura e se mostre, se mostre talvez mais CAOS por ter ficado tanto tempo reprimido, se mostre mais destrutivo, mais pés no chão, e com muito mais contato visual humano e honesto que é o que dá mais medo (ou você nunca se perguntou porque é tão legal olhar dentro do olho do Alex do Laranja Mecânica no começo do filme, isso porque ele é uma personagem, por alguns segundos?Porque você vê o CAOS e deseja ele tanto quanto Alex).
O que aconteceu todos esses anos comigo, com você e com todo mundo meu amigo é que enganaram a gente direitinho.Fizeram a gente enxergar o CAOS de forma distorcida e ruim, e associaram uma série de prazeres primitivos NOSSOS a esse contexto "RUINZIM".Mas agora a gente caminha para a verdadeira PRÁTICA mental que é duvidar, chegamos a um ponto que temos que voltar a ser DESCARTES e começar do zero...do zero mas de dentro onde está a resposta pra tudo.Vou abrir os mortos e procurar, no cheiro da carne...a reposta deve estar lá, talvez mas visível neles do que em mim.

Um comentário:

Unknown disse...

eu tenho uma pá!
estou com você até o fim!
- -*